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Letras de músicas - letra de música - letra da música - letras e cifras - letras traduzidas - letra traduzida - lyrics - paroles - lyric - canciones - POR TRáS DO CARTãO POSTAL - CARLOS EDUARDO TADDEO - música e letra

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Por Trás do Cartão Postal letra


Quem faz check in pra ver o cristo redentor
Ganha tour pela mortandade maior que de el salvador
As férias com bugue, bonde e praia de nudismo
Incluem 24 milhões próximos do canibalismo
Com motivos para fazer air france sofrer atraso
Com ameaça de bomba, aeroporto evacuado
Se o hotel não for invadido clima amistoso é apresentado
No musical rei leão por um Le Misérable trepado
Tapete vermelho do país dos campos camuflados
De extermínio refugiado, trabalhos escravos
Com 96% matriculados aprendendo português
Para escrever opressão com lençóis no xadrez
No Vietnã sul-americano massacre é excepcionalizado
Por isso o delegado faz busca atrás de sequestrado
Tenta achar entre as arcadas de rival da facção
Microvestígios do colega de profissão
O indicador financeiro forjado não apaga
Que a nova classe média definha em senzalas
Que a infantaria mirim do Congo, Libéria
Não supera os meninos com Ak nas 16 mil favelas

Por trás do cartão tem viatura incendiada
Porque tropa posiciona preso e dá tiro de borracha
Por trás do cartão tem site de pornografia
Que expõe criança no Sex Shop como mercadoria.

Na pátria de chuteira, crânio é bola em presídio
As garotas de Ipanema ganha a vida se prostituindo
Alegria carnavalesca não contagia barraco
E a bossa nova perde pros salmos que embalam caixões doados.
Na pátria de chuteira, crânio é bola em presídio
As garotas de Ipanema ganha a vida se prostituindo
Alegria carnavalesca não contagia barraco
E a bossa nova perde pros salmos que embalam caixões doados.

Desembarcar no paraíso é voltar no passado
Quando seres humanos eram comprados em classificados
Quando máscaras de torturas deformavam rostos
E o conceito liberdade, justiça e fraternidade eram esboço
Sem salvamento da Otan ou força aliada
Seguimos em trincheiras como a nação mais arrasada
Repleta de arrependido por não ter feito dinheiro
Trazendo chá e coca de Pedro Juan Caballero
Tivesse sido ousado e me captalizado
Não faria plantão no mercado pelo alimento estragado
Não aparece no reclame do ministério do turismo
A ciência que clona físico subdesenvolvido
Nem a técnica policial de graxa e areia na bala
Pra ranhura na balística apontar outra arma
A viagem é pelo circuito onde somos filmados
Zerando a conta corporativa do empresário
Onde a despolitização faz a meta do gabinete
Virar silk da civíl perfeito no colete
Ferramenta para dar blitz na loja às nove
Horário em que a TRANSVIP faz o recolhe

Por trás do cartão, meu 155 é encarceramento
Já o boy que mata o pai, sai livre depois do julgamento
Por trás do cartão, com bunda e fio dental
A mãe visita três filhos no sistema prisional

Na pátria de chuteira, crânio é bola em presídio
As garotas de Ipanema ganha a vida se prostituindo
Alegria carnavalesca não contagia barraco
E a bossa nova perde pros salmos que embalam caixões doados
Na pátria de chuteira, crânio é bola em presídio
As garotas de Ipanema ganha a vida se prostituindo
Alegria carnavalesca não contagia barraco
E a bossa nova perde pros salmos que embalam caixões doados

Sou da ala contra copa e olímpiada
Que crê que verba de estádio devia ser investida em vida
Pra nunca mais um de nós ter que cobrir o rosto
Ou responder: Senhor comprei a arma na feira do rolo!
Turista vai se divertir vendo as blitz nas vans
Que levam mães e esposas pra presídios de manhã
Tenente adora revirar jumbo e escarrar na macarronada
Quebrar Tupperware, deixar sacola rasgada
Tradição centenária exclusiva do antro
Onde homofóbico preside comissão de direitos humanos
O gringo vai conhecer o povo no fogo cruzado
Que mesmo em saco pra cadáver não sabe o que é dizimado
Preocupado com gírias com ouro do pingente
Vamos cedendo dna para genética forense
Reforçando a frase no repetido submundo podre
Fulano vivo teria tantos anos hoje
Da hora seria os manos voltando da saidinha
Falando que o ganho não é para bebida, two one two e farinha
Ai Edu catei dez mil no estouro do engravatado
Nove conto vai pra casa e um pro supletivo acelerado

Por trás do cartão, pessoas com ossatura à mostra
Mora em baixo de lonas, sacos, sobras de obras
Por trás do cartão, os Maurício de Souza usam talento
Deixando o carro no estacionamento para ver
se não tem rastreamento

Na pátria de chuteira, crânio é bola em presídio
As garotas de Ipanema ganha a vida se prostituindo
Alegria carnavalesca não contagia barraco
E a bossa nova perde pros salmos que embalam caixões doados
Na pátria de chuteira, crânio é bola em presídio
As garotas de Ipanema ganha a vida se prostituindo
Alegria carnavalesca não contagia barraco
E a bossa nova perde pros salmos que embalam caixões doados

Carlos Eduardo Taddeo - Letras

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